terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

velha infância...

tá, é possível que eu tenha me enganado quando disse que raramente escreveria divagando... e hj eu acho que me superei

Velha infância...

apesar de ser uma parafrase mal feita da música acho que esse seria um título cabível para a postagem.
certa feita uma professora que eu gosto muito me disse algo, eu entendi que o que ela quis dizer era mais ou menos o seguinte: 'nada acontece diferente do que podia acontecer no momento que aconteceu'...
Creio que falávamos de coisas ruins que as pessoas enfrentam, todos enfrentam, mesmo que aos olhos de quem não está passado uma determinada situação não pareça tão má, para quem a enfrenta ela é muito horrível.
como cristã, eu creio que todas as coisas estão nas mãos de Deus, e concordo com a professora, mas claro sabendo que há um motivo para essa imobilidade, claro que isso não acontece a olhos nús...
essa semana eu fui para minha cidade natal, é a segunda vez em menos de um ano... graças a meu primo que rompeu o silêncio... pelo menos o meu silêncio...
Eu não pedi pra nascer... basicamente esse é o jargão de todo filho revoltado, revoltas a parte, que culpa eu tive de nascer? e quando foi que eu tive consciência suficiente para escolher? e quando eu terei/teria a possibilidade de continuar a existir? poucas são as perguntas que proporcionam respostas, mas a todas essas há. Nunca... simplesmente nunca, nós não temos escolhas desse tipo, nem todas as situações que nos aparecem são necessariamente ou invariavelmente passíveis de escolhas... acho que é por isso que as pessoas acham tão complicada essa vida... mas se pensarmos bem não é simples? coisas objetivas podemos escolher, coisas subjetivas nem tanto.
O fato é que não se pode mudar o passado, mas pode-se tornar o passado de amanha possível de menos arrependimentos, vexames, desilusões, constrangimentos etc, nem é uma questão de se aprender com o passado para mudar o futuro, é simplesmente de aprender, analisar, pensar, refletir, não importa se alguém uma errou com você, se te fez mal ou coisa assim.
O que acontece é que eu passei muito tempo pensado que pessoas que eu amo, muito por sinal, não queriam a minha presença, e por eu não ter autonomia, maturidade e segurança não pude levar a minha presença a essas pessoas. É o reflexo que um único integrante da familia teve sobre mim eu infelizmente generalizei muita gente.
pode ser que isso se mantenha, ou se mantenha em algumas partes, tenho total noção que não sou a pessoa mais agradável do mundo, mas quem o é? e é tão mais fácil culpar o outro pelo falta de perdão...
Ninguém é uma ilha, há pessoas que se importam, outras que nem tanto, outras que se perdem no meio de suas próprias vidas e escolhas e por isso não sabem mais quem são, quem amam, não podem mais distinguem a mentira da verdade, é triste.
Eu quero ser uma pessoa que se importa!

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